terça-feira, 30 de agosto de 2011

Remedando a Mamãe

Dizem que as crianças vão "pegando" os trejeitos dos pais e até imitam algumas expressões. Aqui em casa isso também acontece, mas o mais engraçado é que cada uma "puxou" uma característica diferente.

Lady G é super amorosa, dengosa e acabou adotando o meu jeito de me declarar o tempo todo. Está sempre repetindo "eu te ama, Mamãe" ou "você é linda, Papai" (assim mesmo, no feminino) e coisas do tipo. É muito carinhosa e atenciosa, percebe as coisas no ar se alguém fica chateado ou há algum problema incomodando a gente. Gosta de beijos e abraços e costuma ser bem generosa em distribuí-los também (salvo quando quer fazer graça e fica "amarrando" pra gente insistir; o Vovô Dinho já descobriu que o truque é dizer que não quer beijo nenhum pra ser atacado por uma beijoqueira voraz, rsrs).

Já Lady K, apesar de também ser um denguinho, seguiu o caminho inverso e me copia no lado brigão, na maioria das vezes em tom de deboche mesmo, mas às vezes é pra valer e a coisa fica feia. Adora chamar a atenção de todo mundo, pede "conta dois, Mamãe" pra que eu corrija a irmã (é que eu costumo dizer que vou contar até três e elas tem que obedecer se não vou brigar ... e funciona) e ainda fica repetindo um "que saco!" por qualquer coisa (ok, eu sei que é feio e estou tentando largar, rsrs). Às vezes chega ao ponto de gritar até com as Vovós e chama a atenção de todo mundo mandando um "Não fala! Shh! Já falei, pára!", se sentindo cheia de razão. O pior é que na maioria das vezes é tão cômico que a gente acaba rindo e perdendo a oportunidade de corrigir.

Duas figurinhas!!

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mais curtinhas, pra compensar o atraso

  • Lady G conta as novidades pra Mamãe: "Ô Mãe, o fá da Vovó chegou." Sem entender, Mamãe quer saber: "O fá? O que é isso?" E ela explica: "O fá, Mãe. É de dormir. Assim, ó." E imita uma soneca, deitando a cabeça na mãozinha, como num travesseiro. Então faz-se a luz: "Ah! O sofá-cama da Vovó chegou?" E ela responde sorrindo, paciente. "É, Mãe. O fá chegou. Eu vai mimir lá. Tá com sono."

  • Lady K brincando com o telefone de casa: "Alô! Oi? ... Ah, tá. ... Tá linda!! Beijo, tchau!" E desliga rindo, satisfeita com a conversa. Rsrs.

  • Mamãe entra no quarto com as mamadeiras prontas pra hora de dormir, com todo mundo já vestido e na cama: "Ô gente, vamos dormir?" Resposta de Lady K: "Não Mamãe, vamo vê fime. Sai da frente." E gesticula com as mãos pra eu sair da frente da tevê. (Pode?)

  • Na volta de um passeio de carro, o Vovô Bosco pede pra parar de ficar subindo e descendo as janelas de trás. As meninas desobedecem e ele acaba tendo que travar o vidro fechado, pra não machucarem. Lady G, num ataque de birra, começa a brigar com o Vovô: "Não, Vovô. Você é feia. Feia! Abreee!" Como o Vovô não cede, ela ataca: "Você é feia, Vovô. Vai morrer no fundo do mar!" (Deus! De onde será que saiu isso? Já perguntei pra todo mundo que convive com elas, mas ninguém tem idéia. Será que é de algum desenho? E elas só assistem Discovery Kids, que é bem de neném. )

sábado, 27 de agosto de 2011

Mais das curtinhas

  • O Vovô Bosco mudou de carro e, noutro dia, levou as meninas pra passear. À noite, a Mamãe perguntou: "Vocês passearam hoje?" E Lady G respondeu: "É. De carrão!"

  • O Papai estava passeando com as meninas num sábado e quando voltaram, para o estacionamento pra pegar o carro, um amigo da família quis saber aonde iam. Papai contou que iam embora pra almoçar e o Tio Binho perguntou: "Onde vocês vão almoçar, meninas?" Lady K não pensou duas vezes antes de responder: "No shopis." (Claro, burguesinha!!)

  • Uma fica tentando assustar a outra e conta a seguinte estória: "G, não vai ali. Tem lobo." A irmã, com medo, começa a choramingar. Impiedosa, a danadinha ainda aumenta, apontando para um canto ao lado do guarda-roupas: "Ali,ó. No escuro. Tem lobo. Vai te pegar." A Mamãe, ao escutar a conversa, interfere: "Pára com isso, K. Não tem lobo. Você sabe, não é G? Não existe lobo-mal. É só estorinha." Lady K, sem querer para a brincadeira maldosa, retruca: "Tem sim. Tá ali." Mamãe pergunta, impaciente: "Quê isso, menina? Quem te falou isso?" Adivinhem a resposta: "Foi o Papai Niel." (Pronto, daí não dá nem pra argumentar. Caí na gargalhada!)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Curtinhas

  • Vovó pede pra Lady G contar pra Mamãe o que foi que ela fez no passeio à casa da Tia Olga. A menina, na maior cara-de-pau, responde: "Bagunça! Quebrei o sapo (daqueles de jardim)." Mamãe, rindo da franqueza dela, pergunta: "Você quebrou o sapo, filha?" E ela completa: "E o sapinho." (Será acabou com uma família inteira?)

  • Tia Rosa conta para as Princesas que no domingo vai ter jogo de futebol: "O Vasco do Papai e o Flamengo da Tia Rosa". E Lady G logo retruca: "O Flamengo é do Tio Márcio!" (Puxa-saco!!)

  • Antes de entrar no elevador, Lady G avisa a irmã: "Não aperta o dois, K. Aperta só o quatro." Mas na ânsia de apertar primeiro, acaba errando de botão. Lady K, morre de rir: "A G apertou o dois, aiai!" Jogando a cabecinha pra trás, às gargalhadas. Mamãe olha pro Papai, trocando sorrisos por causa da cena, e Lady G percebe. Coloca a mãozinha na cabeça da irmã e diz: " Ela é bonitinha, né?" Rsrsrs.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Diversão em Penedo

Fomos passear em Penedo num domingo e, antes mesmo de descermos do carro no estacionamento, as meninas já começaram a pedir pra andar de "vacalo". É que nas últimas vezes que fomos lá, tentamos convencê-las a andar a cavalo num haras que tem pôneis para as crianças, mas nunca tivemos sorte de chegar antes de que tivessem encerrado os passeios e guardado os animais. O que, na verdade, não chegou a ser problema porque a coragem delas sempre falha quando vêem os cavalos e começam a chorar pra ir embora.


Desta vez foi diferente e tivemos que ouvir Lady K repetir ininterruptamente, como um mantra: "Eu quero vacalo, Mamãe. Eu vou no vacalo. Você vai no vacalo, G? Eu vou no vacalo." Lady G, mais realista, retrucava: "Eu vai vê vacalo, K, mas vai papá primeiro." Então, concordando com as prioridades de Lady G, apesar dos apelos da irmã, fomos em busca de um restaurante com mesa disponível para quatro... Num domingo...De sol... Em Penedo... Na alta temporada... Ao som de "Quero vacalo!"... Missão quase impossível.


Por fim, decidimos tentar a sorte e almoçamos num restaurante mexicano e nos aventuramos na culinária de "los hermanos". Enquanto me decidia se tinha mesmo gostado de guacamole, num momento de distração perigoso, as Princesas escaparam de nossas vistas pra brincar na entrada do restaurante. Como o Papai disse que estavam brincando bonitinhas, eu nem pensei em olhar o que estavam fazendo (nota mental: da próxima vez é melhor não confiar no conceito de "bonitinho" do Papai). Só percebi o estrago na hora de irmos embora, quando tive que arrastá-las ao banheiro feminino pra dar um verdadeiro "banho de gato" nas duas, que tinham passado bons minutos sentadas no chão de terra e brincando com aquelas pedrinhas redondinhas do jardim (e a terra, claro).

Corremos para o carro, ainda sob o "mantra" de K, e fomos em direção ao haras. Chegamos cedo e todos os cavalos estavam juntos e sendo tratados para voltar para os estábulos, então a visão que as meninas tiveram foi quase chocante. Vamos combinar que para menininhas de menos de três anos, por mais decididas que possam parecer, encarar mais de vinte cavalos, alinhados e atrelados deve ser assustador, né? Claro que mudaram de idéia antes de descer do carro. Lady G, que já não estava tão empolgada quanto a irmã, avisou logo: "Eu não qué vacalo. A K qué."

Eles têm dois pôneis e um estava acabando de ser montado por uma garotinha linda, do tamanho delas, que ia numa boa como uma profissional, puxada por um senhor que devia ser o avô. Fazia até pose para fotos. As Princesas, nem um pouco convencidas pela cena, escalavam nosso colo numa tentativa de evitar nossos passos ao nos aproximarmos dos bichos. A coragem de Lady K, presente o dia todo, vacilava perigosamente levando seu humor junto. Não quiseram nem passar as mãos no cavalinho que aguardava quietinho, indiferente ao medo que causava.

Eu, que estava com Lady G no colo, apontei para a charrete parada mais à frente e tentei persuadí-la: "Filha, eles são bonzinhos. Lembra que levaram a gente pra passear na charrete outro dia? Não tem perigo." A menina, esperta de dar medo, resolveu o problema à sua maneira: "Eu quero chaete, Mamãe. Chaete! Eu vai na chaete. Você qué chaete, K?" Que responde, previsivelmente: "Eu quero."  Vamos pra charrete, então. Subo com as duas, enquanto o Papai vai descobrir se podemos passear na charrete àquela hora, e elas ficam admirando os cavalos pela abertura de trás, se sentindo tão seguras que voltam a gritar e chamar os cavalos.

Tudo resolvido, certo? Errado. Tem outro passeio de charrete agendado pra sair e teremos que aguardar. Olho bem no fundo dos olhos do Papai, que confirma com um gesto de cabeça ter pensado exatamente o mesmo que eu (como isso aqui é um blog família, não vou escrever o que pensei na hora, mas vocês podem imaginar). Só quem tem duas meninas de dois anos e pura impaciência pra saber o que é pedir pra esperar, seja o que for, principalmente se a escolha tiver sido feita por elas. Um horror!

Choro e reclamação, além de uma patética tentativa de explicar o complexo conceito de tempo às crianças choronas, levaram uma moça que trabalha no local a se sensibilizar conosco e vir tentar convencer as pequenas a passear de pônei até a charrete voltar. Dá pra acreditar que foi só dizer que era amiga do cavalinho e que ele era muito bonzinho (coisas que eu também disse, exaustivamente), para Lady G concordar em ir ao colo da moça pra conhecer o pônei de perto? Com bracinhos estendidos e carinha de corajosa e tudo.

Então tá, né? Vamos de novo pra perto do cavalinho, tentar convencer as Princesas a subir no pônei. Lady G no colo da moça, com medo até de encostar no bichinho, e Lady K no meu colo (não sei como acontece, mas sai uma e aparece outra, incrível!). De repente, num momento de incrível coragem, Lady G resolve montar no bichinho, de nome Chocolate, e dar um passeio ali por perto mesmo.

Toda dura sobre o pônei, sem poder virar o pescoço direito por pura aflição, ela segue linda pela estradinha com a mão da Mamãe nas costas. Depois de criar coragem pra se soltar e andar sozinha, colou um sorriso lindo no rosto e ainda encorajou a irmãzinha: "Ele é bonzinho, K. Eu sabe andar." Daí, claro que a outra também quis e tivemos que trocar no meio do caminho. Lady K ficou mais tranquila ainda montadinha e adorou o passeio, lançando sorrisinhos tímidos pra câmera da Papai.

Depois de 40 minutos assim, com escolta familiar e alternando as amazonas, o Papai teve a brilhante idéia de andarmos todos de cavalo, eu com a G e ele com a K, dando um passeio pela cidade. Confesso que, fora o vexame pra subir no bicho e o cheiro horroroso que fica na gente, até que foi bem legal. As meninas amaram a experiência e vivem pedindo pra voltar.

Super recomendo!!


O chá de sumiço!

Tivemos dias bastante cheios por aqui e vou tentar colocar nosso papo em dia. Verdade que o bloguinho anda meio largado este mês, mas estou andando muito atolada por aqui. 

É muito trabalho, saindo cedo e chegando tarde (com muitos problemas no meio). Nos finais de semana, a famosa folga vira correria. (Não sei o que acontece, mas não consigo escrever nos finais de semana; parece que o tempo fica ainda mais curto, principalmente com as minhas duas sapecas por perto em tempo integral).

Não estou tentando me desculpar, apenas justificar o sumiço. Mas pode deixar que minha memória não vai falhar e vou contar tudinho que rolou por aqui e as novidades que virão.

domingo, 7 de agosto de 2011

A um passo do fim

É época de comemorar aqui em casa. Sabe aquela história do conto de fadas que comentei aqui

Pois as fadinhas boas estão trabalhando forte em nossa causa e a grande muralha que havia brotado em nosso caminho, agora caiu e se transformou em fumaça. O dragão da insegurança foi abatido pelo Senhor da Esperança e a corte escura, que mora em suas costas, perdeu a guerra e vai ter de ficar longe pra sempre. Nós, felizes súditos do Reino da Boa Ventura, aguardamos apenas a coroação, e a festança que se seguirá será lembrada e cantada por várias gerações.

A árvore da Vida está florida e o momento da colheita está próximo. As aventuras que virão em seguida serão cheias de graça e amor, como devem ser as histórias de crianças, e é como estamos tratando de reescrever a história das nossas crianças.

Princesas de minha vida, meu coração é seu súdito e nossa casa o seu reino. A magia que nos cerca é forte e poderosa, chamada amor, e o tão sonhado felizes para sempre já se avista no horizonte.

Graças a Deus!!