sexta-feira, 29 de julho de 2011

Lady G, a Comediante

Mamãe: "Deita, filha, que eu vou te cobrir."
Lady G, rindo e fazendo gracinhas: "Ah, não"
Mamãe: "Não, o quê? Não quer cobrir?"
Lady G, com a carinha mais sem-vergonha do mundo: "Eu não, quéio não, minha muié num dexa não..." (ainda balançando o dedinho em negativa)
Mamãe: "Hum???" (com cara de boba ao entender a piadinha da menina)

Quase morri de rir dessa. Onde será que elas aprendem essas coisas?


quinta-feira, 28 de julho de 2011

As Princesas e o Elevador

Sempre que chegamos em casa de qualquer passeio, as meninas correm na frente pra chamar o elevador. Acontece que, uns dias atrás, quando perceberam que o elevador já estava parado no térreo, elas simplemesmente entraram sozinhas. Antes que pudéssemos fazer qualquer coisa, Papai e eu, pois nem perto do elevador estávamos ainda, acredito que apertaram qualquer botão na inocência (e levadeza mesmo) e subiram sozinhas.

Eu fiquei parada, sem reação, enquanto elas subiam aos berros e o Papai corria pelas escadas pra tentar parar o elevador no próximo andar. Claro que não funcionou. As duas berravam, apavoradas, e foram direto ao quinto andar. Depois foram parando de andar em andar e sempre que a porta se abria, paravam de gritar aliviadas, pra recomeçar logo em seguida quando a "viagem" continuava. O pior é que elas gritavam e pulavam e apertavam os botões em desespero, o que fez a confusão demorar mais a acabar e, quando por fim o elevador parou de novo no térreo, ele estava uns bons 15 centímetros abaixo do nível do piso. Olha que perigo! Já pensou se o elevador parasse ou prendesse uma mãozinha afoita por sair? Não gosto nem de pensar!

O resultado dessa "aventura" desastrosa foi: um Pai esgotado por correr pra cima e pra baixo em poucos minutos; duas Princesas vermelhas e com os rostinhos lavados de tanto choro e um "medo saudável" de elevador. Agora, pelo menos, elas obedecem quando a gente pede pra não brincar com o elevador, nem ficar pulando dentro dele e só andar acompanhadas. Afinal, tudo tem um lado positivo!


sexta-feira, 22 de julho de 2011

Lady K, a sensível

Na noite de quarta-feira, assistimos ao filme Toy Story 2. As duas no meu colo, cada uma numa perna, e eu narrando o filme pra envolvê-las e garantir a atenção delas até o final. Iam acompanhando a cena, às vezes até repetindo meus "oh!" e "ah, não!", rsrs. Todo mundo querendo saber o que ia acontecer com o Woody e torcendo contra o perigoso Al. Eu aproveitei o tema pra tentar colocar na cabecinha delas que não devem maltratar os brinquedos, que devem tomar cuidado com os amiguinhos e essas coisas.

Numa das cenas, quando a bonequinha Jessie fica amuada num canto, olhando pela janela com cara de tristeza, minha pequenininha mais do que sensível Lady K, começou a chorar. As lágrimas escorriam pelo rostinho dela, que passava a mãozinha tentando limpar, enquanto soluçava e gemia morrendo de pena da bonequinha na tela: "Tá tiste, mamãe. A neném tá tiste!" Chegou a esconder o rostinho no meu peito, soluçando.

Ficamos chocados com a reação dela, tão fofa mas exagerada. Ela não suportou a idéia de que a pobrezinha estava triste por perder as esperanças a certa altura da estória e ficou em prantos no meu colo, pode? Lady G, preocupada, ficava perguntando: "Mamãe, a K tá chorando? Por que tá chorando?" e o Papai ainda chamou minha atenção: "Pára de narrar o filme!"

Para tentar recuperar o ânimo da bebê, fiquei tentando contornar o caso: "Olha, amor! Ela tá rindo agora, você viu? Já está feliz." Mas Lady K continuou acompanhando a estória, meio apreensiva, e mais adiante voltou a chorar, mas desta vez de pena do Woody que tinha brigado com o amigo Buzz. 

Àquela altura a situação já estava ficando cômica, e nós tivemos que nos segurar pra não rir da emoção dela. Continuei comentando o filme, com o cuidado de parecer mais alegre com as cenas e chegamos enfim ao final feliz, sem maiores problemas.

Ela não é uma fofa?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mentes Travessas II

Como já comentei uma vez antes, nós usamos homeopatia pra cuidar da saúde das meninas e o médico delas gosta de utilizar sempre produtos naturais. Como elas têm um problema de ressecamento bem forte na pele ele nos indicou o uso de óleo de gergelim no lugar de um hidratante comum, por ser mais eficaz.

Tudo bem. Acontece que as meninas sempre ficam querendo "xugurá" o vidrinho do óleo quando vamos passar nelas e temos que ficar vigiando pra evitar que derramem e façam aquela lambança. Noutra noite, depois de muita brincadeira, elas sentaram em frente à TV pra assistir ao DVD do Shrek enquanto nos arrumávamos pra dormir (eu fui preparar as mamadeiras enquanto o Papai estava no banheiro escovando os dentes). Como apenas um minuto de distração já é suficiente, eu estava ocupada na cozinha quando veio Lady G anunciando: "Mãmãe, cabou tudo o óleo. Não tem mais." Eu, muito inocente na minha ignorância, pergunto distraída: "O quê? Que óleo?" E a danadinha responde, com a carinha brilhando de tão engordurada: "O óleo, Mamãe. Cabou tudo, não tem mais. Papai vai comprá." E puxa a minha mão, com seus dedinhos escorregadios, para me mostrar o que está tentando dizer.

As duas simplesmente haviam tomado um banho em óleo de gergelim, literalmente. Estavam totalmente oleosas, com as roupas engorduradas e os cabelos emplastrados. Um nojo! Sem contar no chão do quarto, que estava tão escorregadio que chegava a ser perigoso. E tudo isso na hora de dormir, céus! Respirei fundo, esperei o Papai sair do banheiro e decidimos que era melhor nem tentar arrumar nada àquela hora (moramos em apartamento, não dá pra faxinar depois das 22 horas que é falta de respeito com os vizinhos, né?). Apenas demos um "banho de gatos" nas meninas porque estava muito frio e trocamos as roupas pra dormir, deixando a "faxina" completa nelas também para o dia seguinte já que, apesar do exceso, não era realmente prejudicial. E tornamos a entoar nosso ritual diário de "Não pode" e "Isso é muito feio", para tentar sensibilizar as duas encrenquinhas e convencê-las a não fazer mais esse tipo de coisas.

Será que vai funcionar desta vez?  

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Mentes Travessas

Outro dia cheguei em casa e encontrei as meninas e as duas Vovós sentadas no chão da sala, brincando com aqueles brinquedinhos de montar. A Vovó Gorette tinha montado um trenzinho e estava amarrando uma fitinha na frente para Lady G poder puxar. Quando eu perguntei o que era aquilo, por só por ter estranhado já que parecia uma fita dental, a Vovó respondeu que não sabia, mas que tinha sido a própria Lady G que tinha dado pra ela amarrar no brinquedo.

Perguntei pra menina onde ela tinha arrumado aquilo e adivinha a resposta. "Aqui Mamãe. No xofá." Apontando descaradamente para a parte de baixo, onde tinha começado a desfiar o forro do sofá. Fiquei tão chocada com a "engenhosidade" da menina que comecei a rir, seguida pelas Vovós que nem tinham percebido a travessura. Claro que dei sermão, pedi pra não fazer mais isso, expliquei de novo que é muito feio ficar estragando as coisas (como já havia reclamado aqui) e perguntei se estava entendendo. Resposta: "Intendi, Mamãe. Diculpa!"

Logo depois, como se nada tivesse acontecido, escuto Lady G oferendo para a irmãzinha que estava choramingando com a Vovó pra consertar o carrinho dela: "Você qué amaiá, K? Toma aqui ó!" Esticando-se pra pegar mais um bocado de fios do forro pra dar pra Lady K amarrar seu carrinho de blocos.

Dá pra acreditar nas coisas que essas meninas inventam? Como será que elas têm essas idéias? Alguém sabe?

terça-feira, 12 de julho de 2011

Fazendo Arte

Numa noite em que ficamos sozinhas, porque o Papai viajou a trabalho, eu deixei que brincassem com canetas e passamos um tempão desenhando juntas. Foi tão bonitinho! Elas ficavam desenhando e mostrando pra mim e para a outra o que desenharam, com direito a exclamações do tipo: "Mamãe, olha o peixinho! Que lindo!" ou "Olha o jacaré! Vai moder a Mamãe!"

Nós sempre evitamos deixar canetas ao alcance delas porque não costumava dar muito certo. Elas riscavam os móveis, as roupas, as mãos e pernas, uma bagunça só! Quando o material era giz de cera então, ficava pior ainda porque teimavam em colocar na boca. Mas elas se comportaram tão bem naquela noite, desenhando e conversando tão engraçadinhas, que resolvemos voltar a deixar que brincassem de desenhar. Contei pro Papai da brincadeira e ele trouxe de presente da viagem dois daqueles livrinhos com desenhos para colorir e uma caixa de giz de cera. Não preciso nem dizer que elas ficaram encantadas.

Empolgado e exagerado como só ele mesmo, o Papai decidiu que já era hora de comprar uma mesa de desenho apropriada ao tamanho delas e aproveitou para comprar mais material de desenho também, folhas brancas, livrinhos pra colorir e mais uma caixa de giz de cera (eu disse que ele é exagerado). Depois disso, nossa casa virou um grande ateliê. Tem desenhos espalhados por toda a casa incluindo as paredes.  E as meninas amaram a tal mesinha, aquele modelo em que os bancos são presos à mesa e por isso dão mais estabilidade, não tendo perigo de virar e machucar a criança. Andam carregando a mesinha pra todo lado, e ficam aos berros pedindo ajuda pra passar nas portas porque a largura da mesa é maior e precisa de um adulto pra virar e carregar até onde querem. No caso, elas querem onde nós estivermos e arrastam a tal mesinha pela casa toda (isso quando não estão arrastando a bicicletinha por aí, rsrsrs).

O resultado disso tudo é que agora temos duas artistas talentosas e muitos móveis coloridos pra contar a história; sem falar do chão, das portas, dos armários, das paredes ...

Aniversário de casamento X Papo Estranho II

Este post já estava escrito, mas eu tive um probleminha com o Blogger e não cheguei a postar na data certa. Só percebi a falha hoje, mas como dizem por aí antes tarde do que nunca, e aí vai nossa homenagem "a la Princesas" ao aniversário de casamento do Vovô e da Vovó. Parabéns!!

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Estávamos todos num restaurante pra comemorar o aniversário de casamento da Vovó Maria e do Vovô Bosco. Logo depois de pedirmos a comida, Lady K começou a anunciar a plenos pulmões: "Vou fazer cocô. Vou fazer cocô gandão!". Lady G entra na onda e vai pra debaixo da mesa e declara: "Vou fazer cocô também". A gente disfarça, tenta fazer as duas pararem de contar suas "proezas" em voz alta, mas não tem jeito. Lady G pergunta: Não pode fazer cocô?" Ao que respondo que pode fazer, mas não onde as pessoas estão comendo. Enquanto isso, Lady K arremata: "Eu fize cocô." E grita pra mim, do outro lado da mesa: "Mamãe, eu fize cocô." Aiai! Pelo menos a G me escuta.

Saímos correndo, numa verdadeira operação de guerra, pra resolver a questão sem tumultuar ainda mais o restaurante, torcendo pra que as outras pessoas considerem aquela situação mais cômica do que incômoda. Depois de trocarmos a Kamily (elas ainda ficam de fraldas quando saímos pra passeios mais longos porque eu ainda não me sinto pronta pra encarar banheiros públicos com a duplinha) eu digo pra Lady G que já podia fazer, se ela ainda quisesse. Daí a pobrezinha agacha, na posição favorita, e força. É duro segurar o riso quando a menina te conta que "não sai" e continua fazendo força, rsrsrs.

Depois dessa odisséia, rsrs, conseguimos parar para jantar e apreciar a refeição que estava mesmo muito gostosa. Após o jantar, o garçom trouxe uns lápis de cera e papel pra gente desenhar, e fomos nos sentar numa outra mesinha pra brincar enquanto o papai tomava mais um pouco de vinho com o Vovô e a Vovó. A Titia ficava pegando balinhas no balcão, enquanto a Mamãe ia seguindo a imaginação das duas e desenhando o que pediam (tentando, pelo menos). Chegaram mais  algumas pessoas e uma senhora, que nos viu desenhando, se aproximou pra mexer com as meninas. Elas ficaram encarando e reparando no que ela ia fazer. Pegou um giz e começou a desenhar uma florzinha enquanto pxava conversa com as duas, em seguida perguntou o que elas queriam que desenhasse e Lady G, muito ressabiada, se encolheu perto de mim e disse que queria um jacaré (seu animal predileto). A senhora desenhou o bicho e encantou as meninas, que continuaram pedindo que desenhasse outras coisas.

Como não podia deixar de ser, Lady K (sempre ela) pediu que desenhasse um cocô. Isso mesmo, pediu a uma senhora desconhecida e muito simpática que estava brincando com a gente que desenhase um cocô. Por sorte ela achou graça no pedido e desenhou "um gandão" e depois outro pra Lady G. Ela comentou comigo que achava que a menina devia estar tentando chocá-la, mas que tinha alguns netos e sabia lidar com isso numa boa. Afinal, essa fase é normal entre crianças desta idade.

Normal ou não, antes mesmo de terminar a brincadeira, Lady K avisou de novo: "Eu fize cocô di ovo" e lá fui eu, outra vez correndo pra trocar a fralda tentando não fazer muito alarde no restaurante. Pode? Quando enfim encerramos a noite, tínhamos um total de dois avós tontos de tanto vinho, uma Titia envergohada por acabar com o estoque de balinhas do lugar, duas Princesas excitadíssimas com o passeio e dois pais que ainda teriam que cortar um dobrado pra fazê-las dormir. Mas valeu a pena, porque não é todo dia que podemos comemorar os 33 anos de casamento de nossos avós, né? Parabéns!!


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Que Presentão !

Nesta última sexta as princesas deixaram de ser simples pedestres pra entrar na categoria de ciclistas, ou quase já que ainda estão aprendendo a andar na bicicleta nova.

A Vovó contou que quando deu as bicicletas, as duas ficaram paradas olhando e se escondendo atrás das pernas dela, meio sem entender que era um presente pra elas, sabe? Ou sem acreditar, vai saber.

Mais tarde, quando cheguei do trabalho, elas estavam chegando do passeio com os avós e eu fiz aquela farra pra comemorar o presentão e daí elas começaram a entender e achar legal. Ficamos um tempão andando com elas na calçada da nossa rua, percorrendo o quarteirão de um lado pro outro. Eu ia empurrando Lady K e a Vovó levava a Lady G, mas uma não tirava os olhos da outra e do Vovô e da Titia que estavam acompanhando a brincadeira. 

Muito engraçadas! Sempre que alguém se distraía um pouquinho, olhando outra coisa qualquer, elas logo chamavam: "Olha Vovô!" ou "Vem Titia!". O pior é que ainda não sabem pedalar (nem o velotrol elas pedalam, mas acho que é por preguiça) então a gente tem que ficar junto e empurrar. 

Como moramos em apartamento (bem grande, graças a Deus) a bicicleta virou mais um brinquedo a ser carregado de um lado a outro da casa. Principaqlmente agora que ainda é novidade e elas estão encantadas. No sábado de manhã Lady K saía arrastando pra todo lado, até dentro do banheiro na hora do banho, a bicicletinha tinha que ir junto. Perdi as contas de quantas vezes passaram com a roda no meu pé porque tinha que ficar o tempo todo " perto da Mamãe", como dizia a princesa.

Tudo de bom!