quarta-feira, 25 de maio de 2011

Corujice não tem idade... Ainda bem!

Hoje tem visita no bloguinho. É meu aniversário e o Vovô me escreveu uma mensagem tão fofa hoje, que decidi compartilhar.

Só pra explicar: o colégio em que estudava reuniu textos dos alunos e confeccionou um livro. O Vovô recuperou minha estória e enviou, mostrando que "corujice" não tem prazo de validade, rsrs. Adorei!! 

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UMA FESTA INESQUECÍVEL

Um dia, colocaram um cartaz na escola dizendo que haveria uma festa surpresa para todas as crianças do turno da manhã e da tarde e todos os alunos ficaram curiosos demais e em todas as salas os alunos só falavam e perguntavam sobre a festa: – Haverá algum cantor? – Haverá jogos? – Vai haver desfiles? etc. A tia disse para que todos trouxessem um prato de salgadinhos ou docinhos. No dia seguinte foi o dia da grande festa, teve jogos, brincadeiras, vários teatros com as tias, a Bia Bedran cantou várias músicas, teve um lanche comunitário, teve vários prêmios, teve uma gincana das turmas do CA, da 1a., 2a., 3a., e 4a. séries, todo mundo adorou a festa.
No dia seguinte, todos só falavam da festa: – Eu ganhei uma bola e um io-iô. – Você viu como a tia desfilou? – Eu participei da gincana e de quatro jogos.
Até as tias estavam falando da festa. – Eu fiquei tão engraçada! Quase esqueci a minha fala. – Eu fiquei rindo o tempo todo.
O Colégio ficou uma bagunça, mas todo mundo se divertiu bastante.

Escrita por uma linda garotinha da Turma 1212;
Minha "princesinha" que naquela época tinha 09 aninhos.

Texto fielmente extraído do livro: “Era uma vez... O Mundo Mágico das Historias”
Autores: Alunos da 2a. Série do 1º Grau do Colégio Batista Brasileiro
- 1989 - (Ih! Pronto, entregou a idade, rsrs!)


terça-feira, 24 de maio de 2011

E o inverno chegou ...

Este inverno nos pegou de calças curtas, literalmente. Estamos com uma pequena crise de vestuário aqui em casa. As meninas estão num tamanha engraçado, onde as roupas que estavam grandes no último inverno, agora estão curtas (mesmo depois de desfazer as bainhas). E pra comprar roupas novas é preciso fazer muito malabarismo.

Nossas meninas, com apenas dois anos e sete meses, já vestem blusinhas de mangas compridas (do tipo segunda pele, justinha no corpo) no tamanho de seis anos, com apenas umas dobras no punho. Já as calças é ainda mais complicado. Se forem de um tamanho grande pra ficar confortáveis nas "respeitáveis barriguinhas", ficam longas na altura e nada bonitas. Do tamanho certo no comprimento, ficam apertadas e incomodando.

Em algumas marcas, é possível vesti-las com conforto e beleza em modelos no tamanho quatro anos, pelo menos com os casaquinhos; em outras, este tamanho também fica curto e apertado. Outro dia a Vovó comprou quatro blusas de moletom, bem quentinhas e confortáveis pra brincar, mas que não serviram e vão precisar ser trocadas. Lady K chegou a chorar tentando colocar a blusa, que era de tamanho oito anos. Isso mesmo, OITO.

E não é só porque elas estão grandinhas, não. Cada confecção usa um tamanho próprio. Será que não existe um padrão a ser seguido? Já pensou se as meninas ficarem traumatizadas e eu tiver que gastar uma fortuna pra elas compreenderem que o que importa é a beleza interior e não a "bundinha" avantajada, rsrs. Problemão!!


As princesas e a reforma gramatical

Acredito que toda criança de dois anos e meio possui um vocabulário próprio e as princesas daqui de casa não são diferentes. Elas aprendem e desaprendem (hein?) na mesma velocidade. E muitas vezes inventam vocábulos que são utilizados nas mais diversas situações.

Como exemplo temos o verbo (??) "fuar". Ele pode ser utilizado em diversas situações, assumindo sentidos distintos (aliás, como vários outros vocábulos do dicionário português).

  • "Mamãe, tá quente. Fua!" (assopre)
  • "Eu vou fuar a bola." (encher)
  • "A bóia tá fuada." (furada)
Engraçado é quando elas decidem dificultar o que era simples:
  • "Olha a ula, vovó" (apontando a luz no poste).
  • "A ula sumiu, e agora?" (mostrando a lua escondida atrás de uma nuvem)
O mais divertido de tudo isso é constatar que elas, apesar da linguagem confusa, se entendem perfeitamente. As duas utilizam as tais palavras novas e quando outra surge, logo é assimilada pela dupla. O resto de nós é que tem que ficar tentando entender do que se trata. Parece até cena de programa humorístico na tevê.
  • Lady G chama: "Mamãe, olha a anhanha!"; Mamãe pergunta, sem entender: "O quê?"; e a pequena repete: "A anhanha."; Mamãe pede ajuda à Lady K: "Filha, o que sua irmã tá falando?"; e ela prontamente responde: "Olha a anhanha!" (hã?); as duas se olham e, rindo, começam a cantar: "A dona anhanha subiu pela paede..."
Tudo bem que a gente corrige, incentiva a falar direito e explica as palavras novas pra elas, mas que é muito fofo é, né?

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pérolas do fim de semana

Só pra descontrair:

  • Estávamos sentadas na cama da mamãe, assistindo às apresentações da Dança dos Famosos 2011, as duas encantadas com as acrobacias. Lady K observa: "Olha! A moça tá no colo dele!", e Lady G se empolga: "Eu consegue!" e se joga no pescoço da irmã.
  • Vovô começa a se despedir pra ir embora, quando Lady G convida: "Não vai imbora, não, Vovô. Come pizza." E ele responde: "Já comi." Então, a pequena insiste, pra ver se ele se demora um pouco: "Ah! Come mais."
  • Estávamos reunidos com toda a família do papai, na casa do Biso, para comemorar o aniversário de 25 anos de casamento da Tia Aninha e Tio Luizinho. Depois de uma bonita apresentação de fotos, o Tio Marquinhos começou uma oração em homenagem ao casal. Lady K, que assistia a tudo junto da mamãe, desce do colo, agacha (numa posição toda característica) e declara em voz alta: "Vou fazer xixi. Ah, vou fazer cocô!" Mamãe levanta na mesma hora, tentando ser discreta, arrastando a menina que reclama alto: "Pára! Vou fazer cocô!" (Pode?)

A dona da bola, digo do Blog

Neste final de semana cheguei a duas conclusões importantes:

Primeiro - Este bloguinho foi criado para falar de assuntos do meu dia-a-dia com as princesas, mas não deixa de ser um diário meu.  De vez em quando, quando tiver vontade e assuntos de meu interesse, me darei o direito de colocar meus pensamentos e pontos de vista aqui, mesmo que totalmente dissociados de fatos relacionados às meninas.

Agora, relendo meu último post, acredito que exagerei um bocado no que diz respeito a "assunto meu" e peço desculpa pelo desabafo, mas era o que estava com vontade de escrever na hora, meu marido leu antes de postar e não criticou (daí me levou a pensar no segundo ponto), então vou manter como está. Às pessoas da família que leram e se preocuparam se estava novamente pra baixo, podem ficar tranquilos: era apenas uma prévia da visita da Dona TPM, que me deixa um tantinho triste e um tantão mal-humorada, e nada mais.

Segundo - Descobri que um marido inteligente e precavido vale por mil, já que os sinais eram claros pra quem quisesse ver. Dona TPM chegou para passar uma pequena temporada em casa, e o maridão que não é bobo nem nada, já ligou o sensor para captar as mudanças de humor e contornar as situações de crise e está mantendo as meninas em uma distância segura, rsrs. Fico com pena dele só de pensar que, num futuro não muito distante, serão três mulheres de TPM em casa. Força, companheiro!

sábado, 21 de maio de 2011

Era uma vez... Escrito nas estrelas

Eu sempre quis ter filhos. Depois que me casei passei a ficar cada dia mais fissurada no assunto. Já estava chata, com a idéia fixa de engravidar, e nada. Sabe quando todo mundo que te conhece, depois de um tempinho de casada, começa a te perguntar se não quer ter filhos, ou pra quando está planejando começar a família? Eu simplesmente pirava, tinha vontade de chorar e a deprê tomava conta.  O pobre coitado do meu marido tinha que ficar fazendo mil malabarismos pra contornar minha confusão emocional e às vezes consertar uma resposta dada com os nervos já à flor da pele (eu disse que tava pirando, rsrs). Tentei convencê-lo a tentar a adoção, já que parecia que não podíamos ter filhos mas ele era contra, dizia que tínhamos que tentar mais e depois, se realmente não pudéssemos engravidar, ele concordaria em adotar. Chegou até a fazer uma cirurgia, já que comigo parecia estar tudo bem e ele tinha um probleminha que poderia estar atrapalhando.

Eu vivia sonhando com o dia em que finalmente meus testes de gravidez (praticamente um por mês) daria positivo e eu poderia ter minha menininha de cabelos cacheados, boquinha de moranguinho, pernas grossas e bumbum arrebitado, rsrs. Enxergava uma criança a quilômetros de distância e ficava babando, admirando a sorte alheia. Um dia acordei com um sonho muito nítido de que teria gêmeos e quase enlouqueci de desejo. Parecia o máximo da realização, conseguir engravidar e ter gêmeos, dois bebê só pra mim. Daí comecei a contar como certo: um dia teria meus gêmeos. Minhas amigas no trabalho achavam graça, sempre que contava meus planos. Minha mãe ficava meio assustada, pois quem em sã consciência pode querer ter trabalho dobrado? Mas até aí era só sonho e sonhar nunca fez mal a ninguém, né?

No início de outubro de 2008, um tio que mora em Minas, estava em meditação e teve uma revelação. Ligou pra minha mãe e contou que havia "visto" (pressentido) que haviam duas crianças prontinhas me esperando. Elas estavam aguardando pra ficar comigo. Quando a minha mãe perguntou se podiam ser gêmeos, já que eu não parava de falar que ia ganhar gêmeos, meu tio ficou até assustado pois não conhecia este meu desejo. Minha mãe me ligou na mesma hora, pois eu estava viajando com algumas tias, e contou o que meu tio havia dito. Disse que eu devia voltar pra casa e recomeçar as tentativas, pois ela acreditava que era um sinal de Deus.

Em meados de dezembro de 2008, finalmente consegui um positivo. Fiquei muito feliz, parecia um sonho. Liguei pra família toda e contei pra todo mundo. O positivo coincidiu com minhas férias e eu curti muito este início de gravidez. Pouco depois da virada de ano eu comecei a ter um sentimento estranho, como se estivesse alguma coisa errada. Cheguei a ter uma crise de pânico lendo o livro "Marley e eu", naquele capítulo onde a personagem principal descobre que perdeu o bebê durante o exame de ultrassom, mas todo mundo dizia pra desencanar e aproveitar os mimos que estava recebendo da família e dos amigos.

Só que em janeiro de 2009 o sonho virou pesadelo. Com pouco menos de um mês após descobrir que estava grávida, no primeiro exame de ultrassom pra descobri de quantas semanas estava e se estava tudo bem, fiquei muito decepcionada por não conseguir ouvir o coraçãozinho do bebê. Enquanto esperava o laudo do exame, na sala de espera, fiquei remoendo minhas dúvidas e pedi pra falar com a médica que realizou o exame. Pedi pra conferir se estava mesmo tudo bem, porque pelos meus cálculos (e do dr. Google) e da minha ginecologista-obstetra, era pra estar com sete semanas, quando já seria possível ouvir o coração. Ela alegou que eu podia ter calculado errado, já que as dimensões de embrião e útero eram compatíveis com cinco semanas, mas se eu quisesse me receberia na próxima semana pra refazer o exame, insistindo que uma semana de gestação faz toda a diferença, e então eu poderia me tranquilizar.

Chorei por todo o trajeto até em casa. Eu sabia que estava errado. Sabia que se fosse só o caso de ter errado na conta eu não poderia estar me sentindo tão miserável, e que havia acontecido o pior. Meu marido tentou me tranquilizar, sem sucesso, e por fim chegamos a brigar. Só no outro dia consegui me acalmar um pouco e decidi que, se eu estava certa, não tinha mais o que fazer então era melhor me conformar. Comecei a rezar por compreensão e aceitação, porque sentia que só Deus pra me ajudar naquela hora. Passei o resto da semana vegetando; fingindo que estava tudo bem, e morrendo por dentro.

Uma semana depois, fui repetir a ultra. A doutora olhou o exame, verificou o laudo anterior e por fim disse que não se lembrava mais porque eu estava ali, mas que havia uma involução e terminou por repetir exatamente as mesmas palavras que o médico do livro havia dito à dona do Marley. Eu só consegui olhar pro meu marido, que estava paralisado de pavor no canto da sala. Foi com certeza um dos piores dias da minha vida. Digo um dos, porque ainda tive que esperar três dias pra fazer a curetagem e essa experiência foi terrível. Ser internada numa maternidade, ter a indução de um parto com todas as dores e sair de lá de braços vazios e uma sensação de incompetência que parece que nunca vai terminar, acaba com qualquer um.

Mas Deus é grande e eu consegui me sair até bem dessa provação. Não enlouqueci, como imaginava que aconteceria se tivesse que passar por isto. Me apeguei ainda mais ao meu marido, que foi quem mais me deu forças, e continuei sonhando com bebês apesar do medo de passar por tudo aquilo de novo. Depois de um tempo, recomecei a tentar convencer o maridão a adotar, pois seria uma forma de conquistar a família que sonhávamos sem correr o risco de passar por aquele suplício outra vez.

Mais de um ano depois, em fevereiro de 2010, ficamos sabendo do caso de duas meninas, gêmeas, que estavam abrigadas no interior e eu tive a certeza absoluta de que eram as minhas filhas, que eu esperava já há tanto tempo. Decidimos nos informar melhor e pleitear a adoção. Qual não foi minha surpresa quando soube que elas haviam nascido em outubro de 2008? Quando fomos visitá-las, foi amor à primeira vista e elas estão conosco desde então. São duas princesas maravilhosas, exatamente como havia sonhado e trouxeram a alegria de volta às nossas vidas.

Me diz aí: não estava escrito nas estrelas?


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Feliz aniversário, Princesa Débora!!

Fugindo um pouquinho do tema principal deste blog, minhas princesas daqui de casa, hoje quero usar este espaço pra felicitar uma outra princesa (que eu tenho certeza que se tivesse esperado um pouquinho tinha nascido minha, rsrs).

Débora, meu amor, parabéns pelo seu aniversário!! Que papai do céu te ilumine sempre e te dê forças pra conquistar o mundo, como você merece. Te amo de montão!!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Pérolas de Lady K

  • A vovó deu uma bonequinha da Pequena Sereia pra cada uma brincar. A mamãe explica: "Olha que linda! Ela é uma sereia: peixinho da cintura pra baixo e uma menininha da cintura pra cima. Estão vendo?" Lady K concorda: "Ah! Uma pexereia!"

  • Lady K, tentando chamar a atenção do papai no portão da casa da vovó: "Ô papai! Ô papai! Ô papai!", Quando o papai finalmente responde e olha pra ela, simplesmente dá um branco. Não há nada a dizer e ela engata um resmungo qualquer que termina numa gargalhada envergonhada.

  • Lady G aponta uma lagartixa na parede e diz: "Olha a a tixa pequena!", a irmã discorda e declara: "Não. É a tixa gandão!" e o papai comenta: "Na verdade tá mais pra médio." As meninas: "O quê?" e o papai repete: "Médio. Não é tão grande, é médio." Lady K, balançando a cabeça como se fizesse sentido, completa: "Ah, remédio da baíga! (barriga)"

domingo, 15 de maio de 2011

Era uma vez... o mico do ano!

Estávamos sozinhas em casa ontem, porque o papai foi trabalhar. Percebi que a maçaneta da porta no quarto das meninas estava solta e guardei na gaveta de cima da minha cômoda, no outro quarto, por medo de que alguém pudesse se machucar. Coisas deste tipo podem facilmente se transformar em armas aqui em casa, acreditem. Problema resolvido, problema esquecido.

Um tempo depois, terminando de dar banho na dupla, fomos para o quarto delas a fim de vestir uma roupinha limpa e quente porque o tempo esfriou um pouco por aqui. Seco as duas, visto uma e quando vou vestir a outra ela pede pra fazer xixi primeiro. Corre pra porta que, pasmem, estava fechada. F-E-C-H-A-D-A. Sem a menor chance de ser aberta por dentro (podem acreditar porque eu tentei de tudo). Coloquei fralda na menina (porque ficar presa e segurando o xixi já é demais, né?) e comecei a procurar qualquer coisa que pudesse ser usada pra abrir a bendita porta. Acontece que num quarto de criança não existe nada pontiagudo (e perigoso) como o que eu precisava naquele momento. Tentei arrombar, mas não tive força suficiente; tentei desmontar as dobradiças da porta, mas a única ferramenta que pude conseguir pra ajudar foi o pente de plástico e não funcionou também; então eu fiz o que pude: sentei e chorei.

Chorei até conseguir me acalmar um pouco, com as meninas paradas à minha volta assistindo meu desespero, totalmente descompassada. Elas perguntavam, sem se abalar com o que estava acontecendo (santa inocência!): "Mãe, tá fechado. E agora?" ou "Tá pêsa, mamãe. E agora?", o que certanente me deixava ainda mais nervosa. Ficava pensando em como eu tinha que descobrir uma solução pro problema, mas não conseguia e que elas estavam presas por minha culpa. Juro que até agora não sei como a porta foi fechada. Só posso imaginar que foi no meio da confusão que a gente enfrenta pra conseguir cuidar das duas depois do banho (confesso que não foi tão simples quanto parecia no parágrafo acima, rsrs).

Bom, por fim eu fiquei vigiando na janela (moramos no 4° andar) e quando a vizinha da casa ao lado do nosso prédio apareceu na porta, chamei e pedi socorro. Ela ligou pra vovó, que tem a chave de casa, e veio nos salvar junto com a titia. Agora acho até engraçado, mas na hora entrei em pânico total. Ficava imaginando o que poderia ter acontecido se fosse a tia Rosa, nossa babá, que estivesse presa com elas. Não saberia o telefone de ninguém pra pedir ajuda e como teria se virado? E, pior, se eu tivesse ficado presa dentro do quarto e as meninas do lado de fora? Não gosto nem de pensar!

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Mais tarde (passamos o resto do dia na casa da vovó), o vovô perguntou pra Lady G: "Você ficou presa com a mamãe? O que ela fez?" E a menina entregou: "A mamãe chorou. E agora?"


sábado, 14 de maio de 2011

Pagando Língua II

Como já disse antes, desde a chegada das crianças ando tendo que "engolir" algumas coisas contra meus princípios. O que quer dizer que tô pagando uma língua atrás da outra, mesmo.

Essa que venho confessar agora é até meio polêmica aqui na blogosfera materna, mas aí vai: minhas princesas, essas meninas tão lindinhas e bem cuidadas, assistem DVDs da Xuxa. E eu odeio a Xuxa (pronto, falei!). Não suporto nada relacionado a ela e sempre acreditei que fosse ser capaz de educar meus filhos de forma a mantê-los longe deste tipo de influência. Acontece que eu não tive opção neste caso.

Vejam bem, elas conheceram a dita cuja pelas mãos de estranhos, totalmente fora de minha proteção e agora o estrago já está feito. Elas pedem pra ver o DVD da Xuxa (argh!), e até escolhem a música que querem assistir que tem que ser repetida vezes sem conta. Nós já tentamos de tudo, já dissemos que havíamos perdido o DVD, já colocamos outro pra assistirem (adoro a coleção Bebê Mais!), mas não, elas insistem (leia-se choram aos berros) até que o adulto presente acaba se rendendo.

O pior de tudo é que eu ainda tenho que pagar o king-kong de ser flagrada cantando uma daquelas musiquinhas durante o trabalho (já repararam como música ruim gruda na cabeça da gente?).


Descobertas

Outro dia as meninas estavam no parquinho com a vovó quando uma moça começou a amamentar seu bebê. Elas ficaram completamente hipnotizadas com a cena, reparando em tudo. Mais tarde encheram a vovó de perguntas, que explicou que aquela moça era a mamãe do bebê, que é assim que eles mamam e que elas também já mamaram deste jeito quando eram bem pequenininhas, mas agora que já são mocinhas não é mais assim.

Quando a vovó me contou o que tinha acontecido e como elas haviam ficado encabuladas, nós chegamos à conclusão de que deve ser muita informação pra uma criança tão pequena entender. Elas não têm contato mais próximo com bebês de colo, e não recordam de ter vivido aquela experiência pessoalmente.

O resultado desta curiosidade é que agora elas estão fissuradas em "mamá". Isso mesmo, vocês entenderam direito. Elas não perdem a oportunidade de puxar a blusa da gente pra dar uma olhadinha (até a do papai), e não têm o menor pudor de fazer isso na frente de estranhos, não. Várias vezes já pegamos as duas puxando a blusa uma da outra também e até tentar "mamar" na irmãzinha já aconteceu por aqui. 

OBS: Agora as bonecas estão sendo amamentadas com regularidade. Que mamães conscientes, né?


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Caindo na farra com a titia!

Sexta à noite é tudo de bom! Hoje a Titia veio visitar a turminha e elas puderam matar saudade.

  • A maior farra em cima da cama (mais precisamente em cima da Titia), as duas quase sufocando a pobre e dando muita gargalhada. De repente a Titia nota algo errado e tira as pequenas de cima: "Você fez xixi, G?" Ao que a menina responde com a cara mais lavada: "É só um pouquinho!"
  • Aqui tem sempre disputa pelo celular, seja de quem for. Desta vez o "alô" da Titia também entrou na roda. Cada uma com um celular, ambos com música tocando na maior altura (detalhe que elas que acham as músicas). Lady K sai dançando pelo quarto, animadíssima ao som de Roxette no alô da Titia (e cantando junto, pode?).
  • Puxa daqui, corre pra lá, muita brincadeira e cantoria (e gritaria) de montão. Na hora da despedida, Lady G nem se abala: "Ir bora, não, vovó. Titia vai bincá binquedo."

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Papo estranho

Estamos em plenos trabalhos de desfralde aqui em casa e o assunto favorito das meninas parece ser o peniquinho e seus usos:

  • Papai comprou 2 peniquinhos musicais para incentivar as pequenas a deixar as fraldas. Com 2 dias o peniquinho deixou de ser musical, pois ninguém aguentava mais as duas entrando no banheiro e pedindo pra tocar a "mujiquinha".

  • Na primeira vez que o famoso peniquinho foi usado por iniciativa delas, Lady K corre e grita animadíssima, explodindo de orgulho: "A G fez cocô no piquininho. Êeee!" (com bracinhos no alto e tudo)


  • Seguindo o ritual do desfralde a mamãe pergunta a toda hora: "Vocês querem usar o peniquinho?" ao que Lady K responde: "Eu vou fazer cocô gandão", e corre pro banheiro.

  • Mamãe chega em casa e pergunta o que as meninas fizeram de dia. Lady K se adianta e entrega, com ar de superioridade: "A G fez cocô pe-queno!" (assim mesmo, separando as sílabas e tudo) 

  • As meninas dentro de casa ouvem crianças brincando no portão e correm pra ver. Na ânsia de puxar assunto Lady G dispara: "Ô menino, a K fez cocô na calça!" (Pode?)

sábado, 7 de maio de 2011

Feliz Dia das Mães!!

As Princesas lá casa e eu, gostaríamos de desejar um feliz dia das mães para todas nós, mamães. Gente que ama sem motivos nem expectativas, se doa e se entrega aos seus pelo simples prazer de o fazer.

Aproveitamos para agradecer o carinho especial das vovós, a mãe da mamãe e a mãe do papai, que tem sido mais do que especiais pra gente neste último ano. Peço desculpas pelo clichê, mas vovó é mãe em dobro, e disso eu entendo. Muito obrigada por tudo! (e vocês sabem do que eu tô falando). Amamos vocês!!

Parabéns pelo nosso dia!


Prazer, Mãe das Gêmeas

Sempre quis ter filhos. Sério mesmo, sempre! E como todo mundo, sempre fui cheia de ilusões a respeito da maternidade, mas quando as meninas chegaram simplesmente caí do cavalo. Não tem nada a ver com o que a gente espera, sai tudo muito diferente do planejado (e nem sempre de maneira positiva, sejamos francos).

Até aquelas situações que você já imagina e se prepara pra enfrentar (ou acha que se prepara), na prática são muito diferentes do esperado. Por exemplo: criança acorda à noite. Isto é fato, e todo mundo tem uma "receitinha" de como lidar com a situação e faz questão de te ensinar (almas caridosas e palpiteiras!). Só que apenas na hora do vamos ver é que você descobre como vai lidar com isso, na prática mesmo.

E quando são duas crianças, o trabalho simplesmente dobra. O acordar às vezes durante a noite passa a ser dormir às vezes durante à noite (elas revezam, não acordam ao mesmo tempo; bom, quase nunca, rsrs); o dar banho passa a ser sofrer um banho (não vejo o por quê, mas molhar a mamãe parece ser mesmo muito divertido); a hora de se vestir transforma-se numa verdadeira aventura, com crianças correndo por todos os lados de bumbum de fora (e às gargalhadas); e a hora das refeições então, acho melhor nem comentar.

Mesmo assim, e independente de qualquer dificuldade do cotidiano, é incrível como elas simplesmente não saem das nossas cabeças, não é verdade? Não é mais possível, por exemplo, planejar um passeio se não for a um lugar que será divertido também para elas. Nossas escolhas passam a ter uma importância muito maior do que antigamente, quando seus efeitos só poderiam afetar a gente. Parece que o medo de errar passa a ter um espaço fixo no seu dia-a-dia e que a certeza de que vai dar tudo certo também (graças a Deus!).

E nossa relação com o resto do mundo também muda. É como se, de repente, tudo ganhasse um verniz diferente e as cores passassem a ser mais vivas e mais bonitas só porque elas estão aprendendo seus nomes. O chocolate fica mais gostoso quando escorre pelos dedinhos e boquinhas sorridentes pela primeira vez. Engraçado como até a decoração da casa fica mais alegre com todas as bonecas que moram por aqui. Até a trilha sonora da sua vida muda, passa a ter rimas leves e engraçadinhas com versos curtos e fáceis de gravar.

E o mais louco é que você não dorme direito, come mal, fica esgotada por cumprir a jornada dupla (trabalho e filhas), perde a identidade, passa a ser conhecida como a mãe das gêmeas, e ainda morre de orgulho disso. 

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Pérolas ou Problema de Identidade?

  • Mamãe mostrando fotos da dupla, Lady G aponta a irmãzinha: "Olha a K!". Depois, apontando a própria imagem, declara satisfeita: "Outra K!". (Hein?)

  • Mamãe passa batom e todo mundo quer passar também. Depois de devidamente "maquiadas", mamãe pega o espelho de mão pra mostrar como ficaram. Lady G se olha e logo fala: "Tá linda!", Lady K puxa o espelho da mão da irmã e pede olhando para o espelho: "Quero ver a G." (???) E completa em tom de admiração genuína: "Tá linda, G!" (Pode?)

  • Crianças correndo pela casa, brincando de pega-pega. Lady K chega à porta da sala e grita: "Vou pegar a K!" (???) e sai correndo atrás da irmã, que foge às gargalhadas. (Será que elas se entendem?)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pérolas de Lady G

  • Mamãe pronta pra trabalhar, tentando convencer Lady K a parar de chorar porque precisa sair. Lady G, do alto de sua sabedoria, solta:  " Não chora, K. Mamãe vai baiar pra compá bicoitinho." (hein?!) Não é que a menina aceita a explicação e pára de chorar? Então, a mamãe sai pra trabalhar todo dia, pra poder comprar biscoitinho. Tá servido?

  • Papai sai com o vovô à noite para ir ao mercado. Vovó e mamãe colocam princesas pra dormir; uma mamadeira pra cada uma, mamãe de um lado, vovó de outro. Lady K: "Cadê papai?" (ritual rotineiro, passar revista nas tropas antes de dormir). Mamãe: "Saiu pra comprar leite, vamos dormir?" (em tom de súplica mesmo). Instantes depois, as duas em coro: "Quer mais mamá!" (pois é, nem me fale!). Mamãe, exausta, pede silêncio e diz: "Não tem mais. Vamos dormir!" (agora em tom mais firme, pra ver se cola). Segundos depois, em tom de conspiração, Lady G: "Acabou, K. Papai foi pocurá. Amanhã (equivalente a depois no vocabulário delas) ele dá, tá bom?".

Pagando Língua I

Antes de ter as meninas, eu sempre fui cheia de idéias sobre como seria com meus filhos. Agora, parece que vivo pra pagar língua!

Quem me conhece sabe: detesto rosa! Sério. Sou uma mãe de menina que não gosta de rosa, em nenhum tom. Sempre falei para quem quisesse ouvir que quando tivesse uma filha iria inovar e ela nunca usaria rosa, se pudesse evitar. Acontece que não posso (aff!). Em vez de uma eu ganhei duas meninas ao mesmo tempo, e como que num concenso geral, à minha revelia, o guarda-roupa delas começou a ser lotado de peças lilás e rosa. Praticamente tudo o que elas ganham, de roupas a bonecas, é nessas duas cores. Parece que virou uma forma de identificação, sei lá, e uma ganha rosa e a outra lilás (sem reclamação, é apenas uma observação). Tudo bem, posso conviver com isso, pelo menos no que diz respeito aos presentes (tendo chance não compro nada rosa), mas não é que para meu horror Lady G adora rosa . Ela sempre escolhe o item rosa, entre duas opções possíveis, e às vezes chega a chorar pra ficar com o rosa (pode?).

E não é que a danadinha fica linda até de rosa?


Quem é quem das Princesas

Por motivos muito particulares, e quem conhece nossa família sabe, decidi não utilizar os nomes e nem postar fotos das princesas. Claro que vai ficar meio estranho falar delas sem mostrá-las, mas vou tentar descrevê-las ao máximo para ilustrar os posts futuros.

São gêmeas muito parecidas (há quem diga que são idênticas, mas a mamãe aqui discorda), mas têm gênios bem diferentes. Lady G é a mocinha da dupla, acha que sabe tudo e tá sempre disposta a dar sermão e lição de moral na irmã (é sério!). Claro que ela faz exatamente a mesma coisa que originou a bronca, geralmente com mais propriedade que a outra (e estou falando em traquinagens e afins mesmo). O papai costuma dizer que é a "cabeça", quem inventa e coordena a bagunça brincadeira. Super agitada, curiosa e frequentemente bem-humorada (salvo algumas exceções memoráveis e que valem outros posts). Vive fazendo mil caretinhas e imitando todo mundo (já não se pode falar qualquer coisa perto delas porque entregam tudo). A personificação da Menina Maluquinha!

Já a Lady K é mais bebêzona, dengosa, sempre querendo um colinho (aiai, haja braço!). Segue a irmã de olhos fechados, acompanha em qualquer confusão. Na hora da brincadeira é quem tem mais jeito com as bonecas e cuidados com seus nenéns e panelinhas. Tem mais paciência também, do tipo que pode ficar escondida por horas numa brincadeira de esconde-esconde, enquanto a outra não espera nem chegar a se esconder e já declara: "Achou!". Tagarela, sempre na maior cantoria (geralmente de autoria própria, um verdadeiro prodígio! rsrsrs), é um xodózinho.

Uma completa a outra, e juntas são a alegria de nosso castelo lar.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Era uma vez...

Enquanto gestava a idéia de iniciar o blog, comecei a imaginar que nome poderia usar. Queria algo que desse uma idéia de como as coisas são por aqui e que ao mesmo tempo fosse de fácil identificação para os leitores (no plural mesmo porque tô torcendo pra dar certo). A decisão foi tomada baseada em dois momentos das últimas semanas.

Minhas meninas estão numa fase muito engraçadinha em que finalmente começaram a brincar sozinhas; quero dizer uma com a outra, sem a necessidade de um adulto grudado (pelo menos por alguns momentos, rsrs). Agora elas estão descobrindo o faz-de-conta e ficam criando estorias e brincadeiras. Coincidentemente, começaram a ter mais paciência pra ouvir estorinhas e já nem tem comido os livrinhos (pois é, nem me fale!). Agora ficam contando casos de princesas pra cá e pra lá; chamam uma à outra de princesa e até a Estrela já foi coroada por aqui. É claro que temos culpa no cartório, porque vira e mexe a gente usa o termo carinhoso pra falar com elas, e as esponjinhas estão nos imitando (como sempre!).

Conversando sobre isso noutro dia, comentei com meu marido como nossa história se parece mesmo com um conto de fadas, cheio de situações caóticas e obstáculos a enfrentar, com o intuito de conquistar o tão sonhado felizes para sempre! (Em outra oportunidade conto a história a que me refiro.).

E foi assim que surgiu a idéia para o nome, já que o assunto principal seria este mesmo: as princesas aqui de casa.

Blogar ou não Blogar...

Tem um tempinho que venho pensando em me aventurar na Blogosfera. Hoje, com o Dia das Mães se aproximando e na reta final de minhas férias (snif!), decidi que já era hora de colocar meu bloco na rua e abrir as portas aqui de casa pra quem quiser nos visitar (só não repara a bagunça, por favor!).

Este é um cantinho criado por uma mãe coruja de duas lindas garotinhas que reinam absolutas em nosso coração. Digo nosso porque o blog é meu, mas não é só a mamãe que é coruja não, tem também o papai, os avós e tios... Quero registrar aqui todas as loucuras do dia-a-dia com minhas princesas, Lady G e Lady K, gêmeas de 2 anos e meio, ligadas em 220V, 24 horas por dia.
Como grande parte de nossa família mora longe e não pode acompanhar o crescimento delas de perto, resolvi que seria um jeito interessante e divertido de manter contato (?). E foi assim que nasceu o bloguinho, pra ir contando a nossa história: duas princesas e seus três súditos fiéis - mamãe, papai e Estrela, nossa cadelinha de estimação (e primogênita, rsrs), em suas aventuras e confusões diárias.