terça-feira, 24 de maio de 2011

As princesas e a reforma gramatical

Acredito que toda criança de dois anos e meio possui um vocabulário próprio e as princesas daqui de casa não são diferentes. Elas aprendem e desaprendem (hein?) na mesma velocidade. E muitas vezes inventam vocábulos que são utilizados nas mais diversas situações.

Como exemplo temos o verbo (??) "fuar". Ele pode ser utilizado em diversas situações, assumindo sentidos distintos (aliás, como vários outros vocábulos do dicionário português).

  • "Mamãe, tá quente. Fua!" (assopre)
  • "Eu vou fuar a bola." (encher)
  • "A bóia tá fuada." (furada)
Engraçado é quando elas decidem dificultar o que era simples:
  • "Olha a ula, vovó" (apontando a luz no poste).
  • "A ula sumiu, e agora?" (mostrando a lua escondida atrás de uma nuvem)
O mais divertido de tudo isso é constatar que elas, apesar da linguagem confusa, se entendem perfeitamente. As duas utilizam as tais palavras novas e quando outra surge, logo é assimilada pela dupla. O resto de nós é que tem que ficar tentando entender do que se trata. Parece até cena de programa humorístico na tevê.
  • Lady G chama: "Mamãe, olha a anhanha!"; Mamãe pergunta, sem entender: "O quê?"; e a pequena repete: "A anhanha."; Mamãe pede ajuda à Lady K: "Filha, o que sua irmã tá falando?"; e ela prontamente responde: "Olha a anhanha!" (hã?); as duas se olham e, rindo, começam a cantar: "A dona anhanha subiu pela paede..."
Tudo bem que a gente corrige, incentiva a falar direito e explica as palavras novas pra elas, mas que é muito fofo é, né?

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