domingo, 15 de maio de 2011

Era uma vez... o mico do ano!

Estávamos sozinhas em casa ontem, porque o papai foi trabalhar. Percebi que a maçaneta da porta no quarto das meninas estava solta e guardei na gaveta de cima da minha cômoda, no outro quarto, por medo de que alguém pudesse se machucar. Coisas deste tipo podem facilmente se transformar em armas aqui em casa, acreditem. Problema resolvido, problema esquecido.

Um tempo depois, terminando de dar banho na dupla, fomos para o quarto delas a fim de vestir uma roupinha limpa e quente porque o tempo esfriou um pouco por aqui. Seco as duas, visto uma e quando vou vestir a outra ela pede pra fazer xixi primeiro. Corre pra porta que, pasmem, estava fechada. F-E-C-H-A-D-A. Sem a menor chance de ser aberta por dentro (podem acreditar porque eu tentei de tudo). Coloquei fralda na menina (porque ficar presa e segurando o xixi já é demais, né?) e comecei a procurar qualquer coisa que pudesse ser usada pra abrir a bendita porta. Acontece que num quarto de criança não existe nada pontiagudo (e perigoso) como o que eu precisava naquele momento. Tentei arrombar, mas não tive força suficiente; tentei desmontar as dobradiças da porta, mas a única ferramenta que pude conseguir pra ajudar foi o pente de plástico e não funcionou também; então eu fiz o que pude: sentei e chorei.

Chorei até conseguir me acalmar um pouco, com as meninas paradas à minha volta assistindo meu desespero, totalmente descompassada. Elas perguntavam, sem se abalar com o que estava acontecendo (santa inocência!): "Mãe, tá fechado. E agora?" ou "Tá pêsa, mamãe. E agora?", o que certanente me deixava ainda mais nervosa. Ficava pensando em como eu tinha que descobrir uma solução pro problema, mas não conseguia e que elas estavam presas por minha culpa. Juro que até agora não sei como a porta foi fechada. Só posso imaginar que foi no meio da confusão que a gente enfrenta pra conseguir cuidar das duas depois do banho (confesso que não foi tão simples quanto parecia no parágrafo acima, rsrs).

Bom, por fim eu fiquei vigiando na janela (moramos no 4° andar) e quando a vizinha da casa ao lado do nosso prédio apareceu na porta, chamei e pedi socorro. Ela ligou pra vovó, que tem a chave de casa, e veio nos salvar junto com a titia. Agora acho até engraçado, mas na hora entrei em pânico total. Ficava imaginando o que poderia ter acontecido se fosse a tia Rosa, nossa babá, que estivesse presa com elas. Não saberia o telefone de ninguém pra pedir ajuda e como teria se virado? E, pior, se eu tivesse ficado presa dentro do quarto e as meninas do lado de fora? Não gosto nem de pensar!

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Mais tarde (passamos o resto do dia na casa da vovó), o vovô perguntou pra Lady G: "Você ficou presa com a mamãe? O que ela fez?" E a menina entregou: "A mamãe chorou. E agora?"


3 comentários:
Daniela Oliveira disse...

nós também choramos, mas de tanto rir da situação.e resolvemos dar uma dica pois outras surgirão(não outras dicas mas sim outras situações...rsrs): MANTENHA O CELULAR PENDURADO NO PESCOÇO...(para não dizer no peito...rsrsrs...)e a partir de hoje vamos ser suas seguidoras pois conhecemos suas princesas:Lady G e K. que já brincaram com nossos coelhos... amamos vocês!!!bjs. Dani,Clara e nossa princesinha Tatá (a nossa Lady T...rsrs)

Marta Couto Rasteirinhas disse...

Ai... que sufoco! Nem consigo me imaginar nesta situação. Ufa!!!

Jackie disse...

Dani, obrigada pelo carinho. O pior é que eu costumo mesmo andar agarrada no celular, mas naquele dia esqueci.

Martinha, vc que me conhece pode imaginar como fiquei nervosa, né? Mas no final deu tudo certo, graças a Deus (e à minha querida vizinha que nos ajudou, rsrs).